quinta-feira, 6 de abril de 2017

O SOCIALISMO FABIANO DA EMÍLIA

Se tem uma coisa na qual não agüento mais ouvir falar é “socialismo fabiano”. Os socialistas fabianos se vendem como aqueles socialistas do bem ou democráticos, aqueles que não comem criancinhas. Isso é, simplesmente, um embuste. Não existe socialista que não come criancinha.

Por que isso é assim? O socialismo é intrinsecamente do mal. E um dos seus maiores pecados é a hubris. A arrogância socialista decorre da utopia. O cara que tem uma utopia vira um reformador da natureza como a Emília do livro de Monteiro Lobato. O sujeito se convence de que é o dono da verdade, monopolizando adicionalmente os bons sentimentos e a virtude. O socialista faz parte da quadrilha dos ungidos, dos quais falava Thomas Sowell, e o resto todo não passa de escumalha fascista.
Como se evolui do monopólio da verdade e da virtude para o totalitarismo e o genocídio? Muito facilmente. Sempre que se tenta realizar a utopia surgem, sabe-se lá de onde, os descontentes. Os descontentes são inevitáveis e renitentes. A melhor utopia fatalmente acabará desagradando a alguns. Os quais se oporão à sua realização.

Surge então o problema: O que fazer com os descontentes? É aí que aparece a diferença entre os marxistas e os supostos fabianos. Os marxistas não se pejam de usar a força. Os kulaks devem ser fuzilados ou mortos de fome. Tanto faz. Os inimigos do socialismo são a escória da Humanindade, os que se opõem à vanguarda do proletariado. Precisam e merecem ser eliminados a qualquer custo.

Os tais fabianos são mais sutis. Eles se dizem democráticos na medida em que não usam da violência explítica. Preferem a luta ideológica, inspiram-se em Antonio Gramsci e no marxismo cultural. A idéia é ir comendo o pirão pela borda. Se infiltram pelos aparelhos estatais e ideológicos. E quando acordamos, tomaram conta. Corroem as instituições por dentro: a família, a Presidência da República, o Legislativo, o Judiciário, a imprensa ou mídia como eles gostam de falar. Enfim, quase tudo a não ser alguns bolsões recalcitrantes de fascistas.

Os fabianos rejeitam a violência – ao menos física. O seu modo de lidar com os recalcitrantes é mais sutil. Recorrem ao groupthinking, ao patrulhamento ideológico, à ideologia do politicamente correto. Quem não concorda com eles é imediatamente categorizado como reacionário, virando alvo de uma série de xingamentos que não vale a pena lembrar aqui. As pessoas ficam então com medo e silenciam.

Alguns cínicos, chegam mesmo a adotar a retórica socialista. Inclusive para defender os seus interesses mais vis. Quando algum funcionário público, quer seja na Universidade ou em outra instância burocrática qualquer declara que está interessado em promover a “diversidade”, a “igualdade”, a “justiça social” ou a “solidariedade”, eu me arrepio. Fico pensando assim: Qual é o interesse escuso ou filhadaputice que esse camarada está querendo promover?

A diferença entre os marxistas e os fabianos é, então, apenas de métodos. A hubris e os objetivos são os mesmos. Ocorre apenas que uns são violentos e outros  pacíficos, não comem criancinhas. Ao contrário do marxista arrependido, o socialista fabiano é aquele não não ousa dizer seu nome. Aquele que não renegou seu berço, mas se disfarça para engambelar os incautos.


Os fabianos só não comem criancinha enquanto a farra distributivista dura. A partir do momento em que a economia vai pro brejo – e a economia sempre vai pro brejo sob o socialismo – eles se confrontam com o dilema: comer ou não comer criancinhas, matar ou não matar os kulaks e os ucranianos à míngua? A resposta fica então ao encargo da consciência dos dirigentes.

É aqui que volta a Emília. Enquanto Pedrinho, Narizinho, o Visconde de Sabugosa, a Tia Nastácia e Dona Benta  foram à Europa – parece a comitiva da Janete - tratar da governança global logo após a Segunda Guerra Mundial, a Emília ficou no Sítio do Pica-Pau Amarelo e tratou de reformar a Natureza.


Como a primeira reforma da Emília não funcionasse, ela foi obrigada a fazer a segunda, desta vez com ajuda do Visconde. A qual também não funcionou e assim por diante... Com o socialismo e com todas as utopias é assim: não funcionam. Várias tentativas foram feitas durante a Revolução Francesa. Não funcionou. Depois vieram Rússia, China, Albânia, Coréia do Norte, Argélia, Cuba, Vietnam, Angola, Moçambique, Chile, Nicarágua etc. A sucessão de tentativas fracassadas é enorme. Não dá pra lembrar de todas.

Aí surgiu a distinção entre socialismo real e socialismo ideal. Segundo essa proposta, o socialismo ideal seria bacana. O problema residiria no socialismo real. Ou seja, nas tentativas que fracassaram por motivos históricos, contingenciais. Haja contigências para explicar o fracasso do ideal em dezenas de tentativas! Se a idéia em si é tão boa por que fracassou todas as vezes em que se tentou implementá-la?

Socialismo fabiano é apenas um disfarce usado pelos peessedebistas para esconder sua verdadeira natureza esquerdista, estatizante e monopolista da economia e da opinião. Nisso eles não são diferentes dos Petralhas.

Querem a prova? Ficamos sabendo agora que os “socialistas fabianos” do PSDB estão negociando a formação de uma quadrilha com os Petralhas. A Lava Jato é o inimigo maior comum que, finalmente, fará as forças de esquerda do Brasil se unirem em prol do seu objetivo de nos escravizar definitivamente. Uma amiga minha falou assim: "Só manda quem anda em quadrilha". Em conluio eles colocarão a pá de cal na sepultura da democracia no Brasil. Será o novo AI-5, que perpetuará a quadrilha no poder? Acho que está na hora de chamar a Emília para reformar a política brasileira. Se não der certo,  isso será causado por algum contingência e sempre poderemos tentar de novo.

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