Essa história do Queermuseu já está meio chatinha, mas vamos lá. Pelo que andei observando, quatro falácias andam grassando soltas pela internet:
Falácia 1: Tratar-se-ia de uma forma de censura. Não é. Trata-se de um boicote;
Falácia 2: As pessoas que boicotaram a exposição não compreenderiam nada de arte. Seriam fascistas conservadores, fanático religiosos etc. Novamente, tudo besteira. A discussão é sobre um crime e não sobre a natureza artística e o eventual bom ou mau gosto das obras expostas;
Falácia 3: Não tem nada demais com as obras expostas. Outros artistas famosos do passado e do presente já representaram esse tipo de comportamento exibido no Queer museu, tendo seu trabalho reconhecido e exibido em museus importantes etc. Novamente, a discussão não é sobre o limites do que pode e do que não pode em termos de arte. Mas, sobre o contexto em que a exposição ocorreu;
Falácia 4: Não existe essa história de dinheiro público. Existe sim. Renúncia de impostos significa justamente isso, que o dinheiro dos impostos é desviado para finalidades propostas por um agente privado. Mas o dinheiro é público sim, na medida em que deveria ser usado para financiar coisas de interesse público e não privado.
Uma das melhores discussões que assisti sobre o assunto foi no hangout do Joselito Müller. A Madeleine Lacsko (Figura 1) matou a pau chamando a atenção para duas coisinhas bem simples que caracterizam a exposição como um crime contra as nossas crianças. Não tem nada ver com arte. A exposição gorou porque a sociedade não aceitou ver seus filhos submetidos à doutrinação de gênero perpretada pelos adeptos da teoria queer. Só isso.
Figura 1 - Você acha que a Madeleine Lacsko é uma pessoa retrô?
A Madeleine Lacsko chamou atenção para dois aspectos fundamentais:
1. O edital do Ministério da Cultura previa atividades de "democratização". Ou seja, toda uma série de atividades de cunho "didático". voltadas para os alunos e professores das escolas. O que eles estavam querendo fazer era só isso: Doutrinar as crianças na teoria queer. Isso fica bem claro no edital que possibilitou a captação de recursos (vide Figura 2): "Todas as atividades propostas serão gratuitas à população: Programa
Educativo será oferecido para todas as instituições que agendarem
visitação; Folder com 24 páginas, tiragem de 15 mil exemplares contendo
informações sobre as obras e textos explicativos. Caderno do Professor,
tiragem de 1.000 unidades para distribuição aos professores que
acompanharem os alunos na visita de escolas. Impressão de 2 mil unidades
do catálogo da exposição com a seguinte distribuição gratuita: 200
unidades serão destinadas à baixa renda através da distribuição em
escolas da rede pública que visitarem a exposição; 200 unidades para
bibliotecas, museus e MinC; 200 unidades destinadas para os
patrocinadores; 50 unidades para o Curador; 50 unidades para o
proponente; 1.300 unidades serão destinadas aos visitantes que
solicitarem; Total 2.000 unidades". Quer dizer, as crianças, os estudantes e os professores eram sim o público-alvo da exposição. Está no edital.
Figura 2 - Edital do Ministério da Cultura que permitiu a captação de recursos
junto à iniciativa privada para a realização do Queermuseu.
2. Como se pode ver no edital, os objetivos declarados da exposição Queermuseu constituem uma enrolação danada. Mas só não vê quem não quer. Trata-se de uma exposição com o intuito de doutrinar os filhos dos outros na ideologia de gênero. Ou quiça coisa pior, como pedofilia e bestialidade. Criou-se todo um contexto para tratar como "naturais", "normais" ou no minimo "aceitáveis" uma série de manifestações de "diversidade sexual" que são altamente controversas. E aí a Madeleine Lackso matou a pau: A exposição Queermuseu consistiu uma grave violação dos direitos dos pais definirem a orientação a ser seguida pela educação dos seus filhos. Um direito natural e inviolável. Ela citou o Inciso 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com a qual o Brasil se comprometeu: "Aos pais pertence a prioridade do direito de escholher o género de educação a dar aos filhos".
É simples assim. Para a coisa está para lá de resolvida. Os pais têm o direito de decidir sobre a educação dos seus filhos. Os pais podem ser preconceituosos, retrógrados, reacionários etc. Podem não entender nada de arte. Mas os pais têm o direito de educar seus filhos do modo como acharem melhor, desde que não os eduquem de modo a prejudicar os direitos das outras pessoas. O estado e muito menos curadores de exposições artísticas ou empresas bancárias não podem meter o bedelho na educação dos filhos dos outros.
Não tem nada a ver com arte ou malasarte. É apenas uma questão de direitos humanos.
Não tem nada a ver com arte ou malasarte. É apenas uma questão de direitos humanos.
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