quinta-feira, 3 de agosto de 2017

APRENDIZAGEM COMPULSÓRIA

Hoje aprendi um conceito muito interessante, o de aprendizagem compulsória. Eu estava familiarizado com o conceito de escolarização compulsória. Ou seja, os pais são obrigados a botar os filhos nas escolas e as escolas são obrigadas a aceitar os alunos. Mas o conceito de escolarização compulsória não fala nada sobre o que as crianças devem fazer ou aprender na escola. Podem ficar lá na escola gastando tempo, p. ex., com "consciência política" ou "ideologia de gênero".

Hoje descobri que a Finlândia e a Dinamarca estão inovando com esse conceito de aprendizagem compulsória. Isto é, além de ir para as escola, as crianças precisam aprender na escola. Vejam só que revolução: aprender na escola! Vejam só que máximo!
 

Se todo o mundo - pais, crianças e professores - fizer sua parte, o resultado é que a criança aprende. Não é mesmo uma coisa sensacional de tão óbvia!

Fiquei me lembrando do que li há um tempo em um livro da Elena Grigorenko sobre dislexia. Ela falou assim, que praticamente não há razões biológicas para que uma criança não aprenda a ler. Ou seja, a menos que a criança tenha uma deficiência intelectual grave ou profunda, ela tem todas as condições de aprender a ler.

P. ex., no mundo inteiro crianças com deficiência intelectual moderada, como aquela causada pelas síndromes de Down e de Williams aprendem a ler. Menos no Brasil. Apesar de toda a conversa fiada de inclusão escolar.

Entretanto, pode ser mais fácil falar em aprendizagem compulsória do que praticar o conceito. Implementar o conceito exige grana, formação dos professores e, principalmente, uma mentalidade de educação baseada em evidências.

Ou seja, uma educação que não seja ideologicamente enviesada, que não parta de pressupostos teóricos irrevogáveis, que seja flexível, pragmática, disposta a questionar e abandonar seus dogmas, fundamentando a prática nas melhores evidências disponíveis.

Além de grana, para implementar a aprendizagem compulsória é preciso ter a mente aberta, atualizar o conhecimento sobre o que funciona e o que não funciona, investir no que promete funcionar, medir os resultados e mudar as práticas caso os resultados não sejam bons.

Desconfio que aqui no Brasil o problema não é só falta de grana. Ainda vamos ter que comer muito capim sob o jugo da pedagogia do oprimido e da ideologia de gênero. Como se não bastasse a pedagogia do oprimido, agora temos também a ideologia de gênero a nos atazanar. Enquanto isso as crianças chegam no quinto ano sem saber fazer as quatro operações aritméticas mais elementares, continhas com operadores de apenas um algarismo.

E agora querem nos enfiar uma tal BNCC goela abaixo, cujo título nem escrito em português inteligível é.
Que inveja dos finlandeses e dinamarqueses.

P.S. Interessante observar que as bandeiras da Finlândia e Dinamarca exibem uma cruz. Será que, algum dia, eles foram cristãos?

P.S. 2 Tenho que pensar sobre essa questão da compulsoriedade da aprendizagem a partir de uma perspectiva libertária. Tenho a maior simpatia pelo libertarianismo. Mas sou conservador demais para deixar de suspeitar que a coisa é uma utoptia e não funcionaria. De qualquer forma, educação não deixa de ser uma forma de coerção. Algumas habilidades e atitudes são compulsórias. Precisam ser aprendidas sob pena de o indivíduo não atingir o patamar da cidadanida. É possível fazer isso sem dor, de forma divertida, sem esforço?

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