sábado, 18 de março de 2017

VIDA DE PESQUISADOR


Segunda-feira dia 20 de março de 2017 é a data-limite para submissão de projetos ao Edital Universal da FAPEMIG. A patroa e eu estamos trabalhando o fim de semana inteiro na submissão das nossas respectivas propostas. Hoje de tarde, em determinado momento vi que havia 1000 pesquisadores trabalhando on line no formulário da FAPEMIG. Achei um negócio espantoso e fiquei pensando com os meus botões: a) Ainda bem que a minha família é complacente com o tempo de lazer e convívio familiar desperdiçado com trabalho. O fato de a minha patroa também ser pesquisadora certamente ajuda; b) Nós mineiros somos uns felizardos por poder contar com a FAPEMIG, que funciona e financia, ainda que modestamente, as nossas pesquisas; c) Depois vem o Zé Ruela e diz que professor de universidade federal é tudo vagabundo, improdutivo, que não faz nada. E os mil caras investindo seu fim de semana no edital da FAPEMIG? Uma concorrência danada para poder trabalhar mais ainda. Mas pensando melhor, o Zé Ruela não deixa de ter certa razão. As universidades federais não dispõem de um sistema que incentive a produtividade de modo realmente efetivo. Faz pouca diferença se você trabalha muito, apenas o mínimo ou nada. Ao mesmo tempo, tem muito professor que confunde politicagem esquerdista com pesquisa. Não é a toa que um número crescente de jovens talentosos e bem preparados foge da docência e pesquisa e vai para a iniciativa privada. Não lhes tiro a razão. Nem ao Zé Ruela. Mas enquanto isso, bora voltar para a proposta da FAPEMIG que tem muita coisa pela frente ainda até a conclusão do projeto.




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