sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A BANALIDADE DO MAL

Hoje ficamos sabendo que a USP aderiu à ideologia de gênero, saudando seus calouros com uma declinação de gênero neutra e ridícula, que não existe em Português.


Não sei como é que os esquerdopatas reagiram. Não tenho amigos esquerdopatas no FaceBook. Faço faxina periodicamente. Imagino que tenham experimentado paroxismos de gozo. As reações das pessoas normais foram de zombaria ou indiferença. 

Tem alguma coisa de muito errado acontecendo. Os esquerdopatas que pregam a ideologia de gênero estão convencidos de que são donos da verdade, de que estão do lado do bem. Ou seja, de que são os justiceiros sociais. E todos que ousam duvidar do delírio de que uma pessoa possa mudar de sexo ou de que o sexo seja definido subjetivamente são imediatamente criminalizados com os epítetos de homofobia, nazismo ou coisa pior ainda. 

As pessoas estão pressionadas a fazer de conta de que existe uma besteira chamada gênero que, por um lado, é subjetivamente definida e independente da realidade biológica. Mas que, por outro lado, se reveste de um determinismo biológico absoluto a ponto de requerer imperiosamente tratamento médico-psicológico para mudança de sexo e impor totalitariamente a outrem uma novilíngua. 

E a maioria faz de conta que não está acontecendo nada demais. Que é tudo normal. Que a vida continua. Quem ousa contestar é imediatamente censurado e ostracizado pela turba conformista. As pessoas estão sendo censuradas no FaceBook por causa disso e a circolação de informação severamente restrita.


Não posso deixar de me lembrar da Hannah Arendt e da descrição que ela deu do Adolf Eichmann em Jerusalem. Segundo Arendt, Eichmann, era um cidadão comum, um homem sem qualificativos. Não era psicopata. Não tinha um histórico de ódio racial. Apenas agia segundo o que acreditava ser o seu dever. Cumprindo ordens superiores movido pelo desejo de se conformar, de servir à Pátria e de subir na cerreira. Tudo dentro da mais perfeita normalidade burocrática e com a célebre eficiência alemã. Eicham cumpria as ordens com o maior zelo, sem questioná-las. Não se perguntava sobre o Bem e o Mal, sobre o certo e o errado das suas ações.


A princípio parece difícil compreender como é que essa loucurada toda do nazismo aconteceu. Será que ninguém percebia que era doideira e malvadeza? Ou será que tinham medo e faziam de conta de que nada demais estava acontecendo.


Será que não estamos vivendo um momento muito parecido? Constrangendo   as pessoas que não concordam com a ideologia de gênero dominante, sem refletir sobre a natureza totalitária do que acontece no nosso dia a dia. E sem refletir sobre a banalidade do mal que estamos infringido a outrem e a nós mesmos. 

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