domingo, 4 de dezembro de 2016

POR QUE MILITAR NAS REDES SOCIAIS?



Eu mesmo fico me fazendo essa pergunta. Mas não consigo deixar de usar o FaceBook (FB) como um instrumento de expressão política. E agora começo a escrever um blog sobre Política, cognição e comportamento. Parece ser uma coisa atávica, uma necessidade que eu tenho. Não tenho a menor vocação pragmática para a política. Mas sempre tive interesse por história, pelo noticiário e pelo debate ideológico.
Esse atavismo parece trazer mais problemas do que benefícios. Conheci algumas pessoas interessantes através dos posicionamentos políticos no FB. Mas também incomodei e incomodo muita gente. O povo fica irritado. Devo ter perdido alguns amigos. Ou nem tão amigos assim...
Familiares e amigos ficam me questionando, por que eu faço isso? Na época da campanha pelo impeachment da Dilma, um  dos poucos amigos do PT que ainda me restavam disse que a eleição tinha acabado e que não tinha terceiro turno... Outras pessoas falam que corro o risco de me prejudicar seriamente. Que existe uma ditadura ideológica. Que por enquanto a ditadura esquerdista é apenas ideológica, mas a coisa pode piorar mais ainda, tendo conseqüências nefastas para a minha carreira, para a minha família e, eventualmente, para minha liberdade. Agora mesmo eles estão tentando fazer uma revolução através das invasões a escolas e universidades. Os covardes foram enxotados do governo por incompetência e corrupção e manipulam os jovens desinformados para implementar sua agenda. Se a revolução deles for bem sucedida, certamente vou pro paredón.
Outra dúvida que me ocorre é sobre a eficácia da militância no FB. Quem comunga das minhas opiniões não precisa ser convencido e quem não compartilha dos meus ideais, dificilmente vai se deixar convencer. Mas aí é que está. A militância não serve pra convencer ninguém, mas sim, para que as pessoas com idéias semelhantes se reconheçam, se organizem e se mostrem. Uma parte importante da minha identidade é política e quando eu conheço uma pessoa, uma das primeiras coisas que me preocupa é saber o que ela pensa sobre política. É como os cachorros que ficam se cheirando... É preciso marcar posição, perder o medo de ser chamado de fascista e coisa pior.
Talvez a militância do FB seja versão conservadora da esquerda caviar. Uma espécie de hobby... Mas o que eu vou fazer? Tenho uma vida pra tocar. Gosto de trabalhar, de estudar, de dar aulas, de escrever... Não vou largar minha vida, que é muito boa, para virar militante profissional. Resta-me a política como hobby. O FB veio muito a calhar. 
Considerando essas dúvidas recorrentes que me assaltam, foi um conforto assistir à entrevista do Prof. Olavo de Carvalho com Leandro Ruschel (http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15593-entrevista-de-olavo-de-carvalho-a-leandro-ruschel.html). O cara é genial. Uma fonte inesgotável de sacações sobre o Brasil. Ajudou-me a entender muito melhor o que anda acontecendo por aí. E também a me convencer, definitivamente, de que é muito importante, uma verdadeira obrigação, tomar posição contra o status quo. Principalmente na Universidade, onde existe uma hegemonia do pensamento politicamente correto.
Quando a Dilma ganhou a eleição, minha frustração foi muito grande. Ingenuidade minha. Talvez como diz o Olavo, o Aécio e o PMDB nunca quiseram ganhar...Tomei a decisão então de me manifestar diariamente no FB contra o governo e de participar assiduamente das passeatas e manifestações que aconteçam. Levou um ano, mas a Dilma caiu.
Agora temos outros desafios. Os políticos safados estão querendo melar a LavaJato. A população está atenta, vigilante. E nós estamos aqui nas redes sociais. Hoje de manhã eu estava pensando assim: “Esse negócio de foro privilegiado acabou no Brasil. É só uma questão de tempo. A Dilma levou um ano para cair. O foro privilegiado pode lever seis meses, um ano... Mas o foro privilegiado está acabado.

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